Governo se reúne com Coletivo de Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado
Representantes de diversos órgãos do Governo do Estado participaram nesta quinta-feira(22), de uma reunião no Palácio de Karnak, com integrantes do Coletivo dos Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado do Piauí. O objetivo foi tratar de temas relacionados à regularização fundiária nos territórios, preservação do meio ambiente e acesso às políticas públicas.
Em todos os territórios que constituem o Coletivo, as comunidades lutam principalmente pelo direito à titulação de suas terras. A luta dessas comunidades envolve reafirmar a história de famílias que há várias gerações fazem o uso coletivo da terra, produzem alimentos, criam animais e se sustentam da biodiversidade do Cerrado, especialmente de seus frutos.
“ Eu conheço a luta e a caminhada do Coletivo e é essa luta que faz com que soluções sejam encontradas e os problemas resolvidos. É importante destacar que o governador Rafael Fonteles, tem um compromisso muito forte de resolver as questões sociais. Nesse sentido, as secretarias que executam políticas públicas têm um setor específico para tratar das pautas dos movimentos sociais que fazem esse diálogo permanente com as organizações da sociedade civil. Então, podemos perceber que as secretarias estão trabalhando de forma integrada, para que as políticas públicas possam chegar de forma mais rápida nas comunidades. Estamos à disposição para ajudar a construir e resolver as demandas do coletivo”, ressaltou a secretária de Relações Sociais, Núbia Lopes.
Formado por 35 comunidades localizadas no Cerrado piauiense, uma das principais reivindicações é que políticas públicas sejam discutidas com os representantes dessas comunidades.
Para Juarez Celestino, agricultor do município de Gilbués, é preciso que se conheça a realidade para ter sensibilidade à luta do Coletivo. “Nós queremos que as equipes de fiscalização se desloquem até nossas comunidades e territórios. Eu acredito que assim eles irão entender o porquê de nossas reivindicações e perceber por que a gente realmente precisa da terra para morar e produzir”, reforça o agricultor.
Durante o encontro, o representante da Comissão Pastoral da Terra(CTP), Altamiram Rocha, destacou a importância da ajuda dos órgãos do Governo do Estado, para combater os problemas das comunidades.” O que nos traz aqui hoje é a esperança de que a gente possa ser ouvido e que as secretarias possam nos ajudar. Estamos aqui firmes, pois precisamos garantir educação, acesso à terra, alimentação de qualidade e políticas públicas para essas comunidades que lutam todos os dias por uma vida melhor”, ressaltou o representante da CPT.
Para a secretária de Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos(Sasc), Regina Sousa, é preciso ampliar as equipes para que o trabalho seja realizado com maior rapidez. “A gente precisa ampliar o número de pessoas nos municípios para atender essas comunidades. Assim eles irão ver de perto o que ouvimos nos relatos e que muitas vezes as pessoas duvidam. Então, quando uma pessoa chegar com o documento e dizer que é dono da terra saberemos como combater isso. Eu queria que fosse retomado o diálogo em torno dessa pauta”, disse a secretária.
Estiveram presentes na audiência representantes da Secretaria de Relações Sociais, Meio Ambiente, Agricultura Familiar, Segurança Pública, Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, Secretaria de Governo,Defensoria Pública, e Instituto de Terras do Piauí.